Termo que designa uma diversidade de cultos e tradições afro-brasileiras. Candomblé, Umbanda, Mina, Jarê, Terecô, Xangô, Cabula, Catimbó, Jurema, Quimbanda - todos integram um vasto patrimônio cultural. Ao contrário do que sugere o senso comum, não são um culto homogêneo. De forma oracular, sobrevivem até os dias atuais a partir da força de suas ações e da riqueza de suas raízes míticas.

É a religião que os descendentes de negros africanos de origem Fon, da região do antigo Daomé, atual República do Benin, conhecidos no Brasil como Jêje / Nagô, trouxeram para o estado do Maranhão. Muito difundido também nos estados do Piauí, Pará e Amazônia, o Tambor de Mina traz um sincretismo religioso que destaca o culto aos Voduns e aos Encantados - nomenclatura para as divindades desses povos. 

Espaços onde são realizados os cultos sagrados do Tambor de Mina. Através de cantos, danças e músicas, conectam os seres humanos com suas essências divinas. Suas práticas estão inseridas na lógica de uma vida comunitária e compartilhada. Com vasto calendário anual de eventos públicos, oferecem amparo emocional e orientação espiritual às comunidades onde se inserem.

Toy Vodunnon Francelino de Shapanan (Pará, 1949 / São Paulo, 2007) é o precursor do culto Tambor de Mina no estado de São Paulo. Além de sacerdote dedicado, Toy Francelino foi um ativista e realizador cultural de extrema competência. Consultor religioso, palestrante, conferencista, escritor e idealizador. Organizou congressos, seminários e cursos de grande relevância para o diálogo inter-religioso.